domingo, junho 25, 2006

Pirenópolis - 24/06/2006

A intuição

"A Filosofia distingue duas grandes modalidades da atividade racional realizadas pela razão subjetiva ou pelo sujeito do conhecimento: a intuição e o raciocínio. A atividade racional discursiva, como a própria palavra indica, percorre uma realidade ou um objeto para chegar a conhece-lo, isto é, realiza vários atos de conhecimento até conseguir captá-lo. A razão discursiva ou o pensamento discursivo chega ao objeto passando por etapas sucessivas de conhecimento, realizando esforços sucessivos de aproximação para chegar ao conceito ou a definição do objeto. A razão intuitiva ou intuição, ao contrário, consiste em um único ato do espírito, que, de uma só vez, capta por inteiro e completamente o objeto. A palavra intuição deriva de um verbo latino, intuere, que significa "olhar atentamente, contemplar e ver claramente". A intuição é uma visão direta e imediata do objeto do conhecimento, um contato direto e imediato com ele, sem necessidade de provas ou demonstrações para saber o que conhece. A intuição é uma compreenção global e completa de uma verdade, de um objeto, de um fato. Nela, de uma só vez, a razão capta todas as relações que constituem a realidade e a verdade da coisa intuída. É um ato intelectual de discernimento e compreensão. A intuição sensível ou empírica é psicológica, istó é, refere-se aos estados do sujeito do conhecimento como ser corporal e psíquico individual - sensações, lembranças, imagens, sentimentos, desejos e percepções são exclusivamente pessoais, variando de pessoa para pessoa e numa mesma pessoa em decorrência de variações em seu corpo, em sua mente ou nas circunstâncias em que o conhecimento ocorre. A intuição intelectual é o conhecimento direto e imediato dos princípios da razão (identidade, contradição, terceiro excluído, razão suficiente), os quais, por serem princípios, não podem ser demonstrados (pois, para demontrá-los, precisaríamos de outros princípios, e para demontrar esses outros princípios precisariamos de outros, num processo interminável que nos impediria de saber com certeza a verdade de um princípio). Alguns filósofos afirmam também que conhecemos por intuição as idéias simples, isto é, aquelas que não são compostas de outras e não precisam de outras para serem conhecidas. Justamente porque não dependem de outros conhecimentos ou de outras idéias, as idéias simples são apreendidas num ato intuitivo. No entanto, como a intuição pode ser o ponto final de um processo de conhecimento, ela é também a apreensão intelectual das relações necessárias entre as idéias e os seres e entre as idéias e as coisas de que são as idéias."

Convite à Filosofia

Marilena Chaui

éditora ática

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quarta-feira, junho 21, 2006

A ABOLIÇÃO DO TRABALHO
Bob Black

“A maioria das mulheres e dos homens tem que estar acordados durante décadas das suas breves vidas para conquistarem os seus “salários marmitas”. Não é ilusório denominar o nosso sistema de democracia, capitalismo ou melhor ainda industrialismo, mas o seu verdadeiro nome é fascismo fábrica e oligarquia de ofício. Quem afirmar que estas pessoas são livres está a mentir ou é estúpido. Tu és aquilo que fazes. Se fazes coisas chatas, estúpidas ou monótonas, acabarás chato, estúpido e monótono. A existente rastejante “cretinização” é revelada pelo trabalho mais do que, inclusive, pelo triste mecanismo da televisão e da educação. Um povo que se encontra arregimentado, habilitado para o trabalho pela escola, colocado entre parêntesis pela família e finalmente no lar para a terceira idade, está habituado à hierarquia e psicologicamente escravizado. As suas aptidões à autonomia encontram-se tão atrofiadas que tem medo do que possa significar a liberdade. Cada membro desse povo transporta para dentro da família a sua treinada obediência no trabalho iniciado, deste modo, a reprodução do sistema em diferentes caminhos: políticos, culturais e outros.”

“Vamos pretender, por um momento, que o trabalho não nos prejudica. Vamos esquecer que o trabalho não afeta a formação do nosso caráter. Vamos fingir que o trabalho não é, nem chato, nem cansativo, nem humilhante. Mesmo assim, o trabalho irá troçar das nossas aspirações humanistas e democratas e ocupar muito do nosso tempo. Sócrates disse que o trabalho manual faz de nós maus amigos e maus cidadãos porque não temos tempo para cumprir as responsabilidades da amizade e da cidadania. Ele tinha toda a razão. Por causa do trabalho, pouco importa o gênero ou tipo, estamos sempre a olhar para o relógio. A única coisa “livre”, a que chamamos “tempo livre”, é o tempo que nada custa ao patrão. Aquilo a que designamos “tempo livre” é, a maior parte das vezes, o momento que nos preparamos para voltar, ir e retomar ao trabalho e dele recuperar. “Tempo livre” é eufemismo, considerando o fator produtivo. Não só as despesas de transporte, como também o tempo que levamos para chegar ao trabalho, são despesas que nós suportamos e tempo gratuito que nós é roubado. Não foi por acaso que Edward G. Robinson, num dos seus filmes de “gangsters”, exclamou: O trabalho é para os “marrões”!”

“a definição de Friedrich Schiller sobre o divertimento, é satisfatória. Para ele, o divertimento é a única ocasião em que o Homem realiza a sua capacidade humanitária ao dar pleno divertimento a ambas as partes da sua dupla natureza: pensar e sentir. Como ele afirmou, “o animal só trabalha quando necessita de alimentos e diverte-se quando satisfaz essa necessidade”. Divertimento e liberdade são, aos olhos da produção, objetos que se fundem um no outro.”

“O que eu gostaria realmente de ver acontecer é a transformação do trabalho em jogo. Um primeiro passo será descartarmos as noções de emprego e ocupação. Mesmo as atividades que já tenham algum teor lúdico perdem a maior parte deste ao serem reduzidos a empregos que certas pessoas, e apenas essas pessoas, são obrigadas a executar sem poderem fazer mais nada na vida. Não será esquisito que os operários agrícolas se esfarrapem a trabalhar nos campos, ao passo que seus amos com ar condicionado vão para casa todos os fins de semana dedicarem-se a “bricolage” nos jardins respectivos? Num sistema de festa permanente veremos a idade áurea do diletante que fará o Renascimento empalidecer com vergonha. Não haverá mais empregos, apenas coisas para fazer e pessoas para as fazer.

Como Charles Fourier demonstrou, o segredo da transformação do trabalho em brincadeira consiste em fazer com que nas atividades úteis se aproveite tudo o que várias pessoas em alturas várias realmente gostam de fazer. Para possibilitar que algumas pessoas possam fazer as coisas de que gostem será suficiente erradicar as irracionalidades e distorções que conspurcam essas atividades quando elas são reduzidas a trabalho.”

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quarta-feira, junho 14, 2006

Born to be wildPartiu?

Born To Be Wild
Steppenwolf

Get your motor running
Head out on the highway
Lookin' for adventure
In whatever comes our way

Yeah, darlin', gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once and
Explode into space

I like smoke and lightning
Heavy metal thunder
Racin' with the wind
And the feeling that I'm under

Yeah, darlin', gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once and
Explode into space

Like a true nature's child
We were born, born to be wild
We can climb so high
I never want to die
Born to be wild
Born to be wild

Get your motor running
Head out on the highway
Lookin' for adventure
In whatever comes our way

Yeah, darlin', gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once and
Explode into space

Like a true nature's child
We were born, born to be wild
We can climb so high
I never want to die
Born to be wildBorn to be wild

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segunda-feira, junho 12, 2006

Cachoeira do Segredo - Chapada dos Veadeiros - 17/07/2005

"...cold ground was my bed last night, and rock was my pillow too..."

Chegamos tão tarde em São Jorge que dormimos na praça mesmo,

com direito a cachorro lambendo o rosto da galera,

aranha caminhando pelas paredes,

foi roots, massa!

Pegamos nossas tralhas e partimos para a cachu!

8 km de caminha até o acampamento.

Atravessamos o mesmo rio umas 15 vezes,

que lugar bonito!

Acampamento montado, pé na estrada,

mais 2 km até a quebra!

Não se esquece mais a primeira vez que se vê o Segredo,

é de cair o queixo!

A água estava fria, ainda lembro,

mas é difícil não entrar nessa maravilha da natureza!

Companheiros Marcão, Palhacinho e Payakan,

foi d + !!!!!! Valeu !!!

Não posso esquecer da Nina, nossa guia,

muito gente boa!

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terça-feira, junho 06, 2006

Pôr do Sol em São Jorge/GO - 03/06/2006

"Não são os grandes planos que dão certo,

são os pequenos detalhes"

Stephen Kanitz

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Premiação do
I Concurso de Fotografia da DITEC

Concorrentes finalistas.

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segunda-feira, junho 05, 2006

Foto ganhadora do
I Concurso de Fotografia DITEC
(Diretoria de Tecnologia do BB)
Categoria GENTE

Pequenina de Moreré,

quem diria que você
me ajudaria a ganhar
um concurso.
Muito obrigado!

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sexta-feira, junho 02, 2006

longe...
...muito longe daqui...

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