segunda-feira, julho 31, 2006

Pode-se até admitir que os pobres tenham virtudes, mas elas devem ser lamentadas. Muitas vezes ouvimos que os pobres são gratos à caridade. Alguns o são, sem dúvida, mas os melhores entre eles jamais o serão. São ingratos, descontentes, desobedientes e rebeldes - e têm razão. Consideram que a caridade é uma forma inadequada e ridícula de restituição parcial, uma esmola, geralmente acompanhada de uma tentativa impertinente, por parte do doador, de tiranizar a vida de quem a recebe. Por que deveriam sentir gratidão pelas migalhas que caem da mesa dos ricos? Eles deveriam estar sentados nela e agora começam a percebê-lo. Quanto ao descontentamento, qualquer homem que não se sentisse descontente com o péssimo ambiente e o baixo nível de vida que lhe são reservados seria realmente muito estúpido.
Qualquer pessoa que tenha lido a história da humanidade aprendeu que a desobediência é a virtude original do homem. O progresso é uma conseqüência da desobediência e da rebelião. Muitas vezes elogiamos os pobres por serem econômicos. Mas recomendar aos pobres que poupem é algo grotesco e insultante. Seria como aconselhar um homem que está morrendo de fome a comer menos; um trabalhador urbano ou rural que poupasse seria totalmente imoral. Nenhum homem deveria estar sempre pronto a mostrar que consegue viver como um animal mal alimentado. Deveria recusar-se a viver assim, roubar ou fazer greve - o que para muitos é uma forma de roubo.
Quanto à mendicância, é muito mais seguro mendigar do que roubar, mas é melhor roubar do que mendigar. Não! Um pobre que é ingrato, descontente, rebelde e que se recusa a poupar terá, provavelmente, uma verdadeira personalidade e uma grande riqueza interior. De qualquer forma, ele representará uma saudável forma de protesto. Quanto aos pobres virtuosos, devemos ter pena deles mas jamais admirá-los. Eles entraram num acordo particular com o inimigo e venderam os seus direitos por um preço muito baixo. Devem ser também extraordinariamente estúpidos. Posso entender um homem que aceita as leis que protegem a propriedade privada e admita que ela seja acumulada enquanto for capaz de realizar alguma forma de atividade intelectual sob tais condições. Mas não consigo entender como alguém que tem uma vida medonha graças a essas leis possa ainda concordar com a sua continuidade.
Entretanto, a explicação não é difícil, pelo contrário. A miséria e a pobreza são de tal modo degradantes e exercem um efeito tão paralisante sobre a natureza humana que nenhuma classe consegue realmente ter consciência do seu próprio sofrimento. É preciso que outras pessoas venham apontá-lo e mesmo assim muitas vezes não acreditam nelas. O que os patrões dizem sobre os agitadores é totalmente verdadeiro. Os agitadores são um bando de pessoas intrometidas que se infiltram num determinado segmento da comunidade totalmente satisfeito com a situação em que vivem e semeiam o descontentamento nele. É por isso que os agitadores são necessários. Sem eles, em nosso estado imperfeito, a civilização não avançaria. A abolição da escravatura na América não foi uma conseqüência da ação direta dos escravos nem uma expressão do seu desejo de liberdade. A escravidão foi abolida graças a conduta totalmente ilegal de agitadores vindos de Boston e de outros lugares, que não eram escravos, não tinham escravos nem qualquer relação direta com o problema. Foram eles, sem dúvida, que começaram tudo. É curioso lembrar que dos próprios escravos eles recebiam pouquíssima ajuda material e quase nenhuma solidariedade. E quando a guerra terminou e os escravos descobriram que estavam livres, tão livres que podiam até morrer de fome livremente, muitos lamentaram amargamente a nova situação. Para o pensador, o fato mais trágico da revolução francesa não foi o de que Maria Antonieta tenha sido morta por ser rainha, mas que os camponeses famintos da Vendée tivessem concordado em morrer defendendo a causa do feudalismo.
Extraído da Obra "A Alma do Homem Sob o Socialismo", de 1891

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sexta-feira, julho 28, 2006

Alguns Mecanismos Neuróticos no Ciúme
Não há muito a dizer, do ponto de vista analítico, sobre o ciúme normal. É fácil perceber que essencialmente se compõe de pesar, do sofrimento causado pelo pensamento de perder o objeto amado, e da ferida narcísica, na medida em que esta é distinguível da outra ferida; ademais, também de sentimentos de inimizade contra o rival bem-sucedido, e de maior ou menor quantidade de autocrítica, que procura responsabilizar por sua perda o próprio ego do sujeito. Embora possamos chamá-lo de normal, esse ciúme não é, em absoluto, completamente racional, isto é, derivado da situação real, proporcionado às circunstâncias reais e sob o controle completo do ego consciente; isso por achar-se profundamente enraizado no inconsciente, ser uma continuação das primeiras manifestações da vida emocional da criança e originar-se do complexo de Édipo ou de irmão-e-irmã do primeiro período sexual.

O ciúme da segunda camada, o ciúme projetado, deriva-se, tanto nos homens quanto nas mulheres, de sua própria infidelidade concreta na vida real ou de impulsos no sentido dela que sucumbiram à repressão. É fato da experiência cotidiana que a fidelidade, especialmente aquele seu grau exigido pelo matrimônio, só se mantém em face de tentações contínuas. Qualquer pessoa que negue essas tentações em si própria sentirá, não obstante, sua pressão tão fortemente que ficará contente em utilizar um mecanismo inconsciente para mitigar sua situação. Pode obter esse alívio - e, na verdade, a absolvição de sua consciência - se projetar seus próprios impulsos à infidelidade no companheiro a quem deve fidelidade. Esse forte motivo pode então fazer uso do material perceptivo que revela os impulsos inconscientes do mesmo tipo no companheiro e o sujeito pode justificar-se com a reflexão de o outro provavelmente não ser bem melhor que ele próprio.As convenções sociais avisadamente tomaram em consideração esse estado universal de coisas, concedendo certa amplitude ao anseio de atrair da mulher casada e à sede de conquistas do homem casado, na esperança de que essa inevitável tendência à infidelidade encontrasse assim uma válvula de segurança e se tornasse inócua. A convenção estabeleceu que nenhum dos parceiros pode responsabilizar o outro por essas pequenas excursões na direção da infidelidade e elas geralmente resultam no desejo despertado pelo novo objeto encontrando satisfação em certo tipo de retorno à fidelidade ao objeto original. Uma pessoa ciumenta, contudo, não reconhece essa convenção da tolerância; não acredita existirem coisas como interrupção ou retorno, uma vez o caminho tenha sido trilhado, nem crê que um flerte possa ser uma salvaguarda contra a infidelidade real. No tratamento de uma pessoa assim, ciumenta, temos de abster-nos de discutir com ela o material em que baseia suas suspeitas; pode-se apenas visar a levá-la a encarar o assunto sob uma luz diferente.

Informa-nos o Dr. Ernest Jones que este artigo foi lido por Freud a um pequeno grupo de amigos nas Montanhas do Harz em setembro de 1921.

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quarta-feira, julho 26, 2006

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defende-lo para as presentes e futuras gerações.”
(Artigo 225 da Constituição)

“ A natureza trabalha em silêncio e não se defende, mas se vinga.”
(ANI)

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Setor Bancário Sul - 16/07/2006

Um rolé no domingo.

Skatista: Fred

Montagem: Fred

Foto: Thiago

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segunda-feira, julho 24, 2006

Morada do Sol
Chapada dos Veadeiros/GO

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sexta-feira, julho 21, 2006

Abertura e tempo de exposição
Para se tirar uma fotografia é preciso definir a quantidade de luz que se deixa passar para o filme e o tempo durante o qual essa luz passa. Estas são as duas variáveis que determinam a exposição e designam-se abertura do diafragma e tempo de exposição. A abertura refere-se à quantidade de luz que passa num dado instante para o filme, o tempo de exposição expressa o tempo durante o qual o filme recebe essa quantidade de luz. Podemos obter a mesma exposição com diferentes combinações de abertura e tempo de exposição: se se aumentar a abertura pode-se expor durante menos tempo e vice-versa.
Quer a abertura quer o tempo de exposição são expressas em escalas logarítmicas, nas quais cada ponto da escala deixa passar metade da luz do que o seguinte. O tempo de exposição é expressa em segundos e fracções de segundo que correspondem ao tempo durante o qual o obturador abre para deixar passar a luz para o filme. A maior parte das máquinas fotográficas permite utilizar os seguintes tempos de exposição: 1 segundo, 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/30, 1/60, 1/125, 1/250, 1/500 e 1/1000 de segundo. Estes tempos de exposição são usualmente apresentadas de forma abreviada, mostrando apenas o denominador da fracção (1, 2, 4, 8, 16, 30, 60, 125, 250, 500 e 1000).

A abertura é expressa pela relação entre a distância focal da objectiva e o diâmetro da abertura do diafragma que deixa entrar a luz. Assim, uma objectiva de 50mm que deixe passar a luz por uma abertura de 25mm de diâmetro tem um abertura igual à distância focal (f) a dividir por 2, ou seja f /2. Frequentemente, representa-se a abertura apenas pelo denominador desta fracção, apresentando-se neste caso o número 2 para se referir esta abertura. Compreende-se assim facilmente que, quanto menor for o número da abertura, mais luz passa através da objectiva. É comum encontrar escalas de abertura com os seguintes valores: 2, 2.8, 4, 5.6, 8, 11, 16 e 22. Também nesta escala cada valor deixa passar metade da luz do que o precedente, pelo que se pode fazer uma tabela de conjugações de abertura e tempo de exposiçãopara se obter exactamente a mesma exposição:

Tempo de exposição - Abertura

1/2 - 32

1/4 - 22

1/8 - 16

1/16 - 11

1/30 - 8

1/60 - 5.6

1/125 - 4

1/250 - 2.8

1/500 - 2

1/1000 - 1.4

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terça-feira, julho 18, 2006

Obturador e Velocidade
O obturador é a estrutura responsável pelo controle do tempo em que a luz irá incidir sobre a película fotográfica, ou sobre o CCD, nas câmeras digitais. Enquanto o obturador está fechado, a luz não incide sobre o filme. Quando ele se abre, a luz impressiona o filme e produz a imagem. Quanto mais tempo o obturador estiver aberto, mais luz incide sobre a película, e vice-versa.O obturador se situa na parte de trás do corpo da câmera. Nas câmeras mais antigas, é formado por duas cortinas de tecido especial, negro e opaco (1) situadas à frente da filme fotográfico (2), como mostrado no esquema ao lado.Nas mais modernas o obturador é um conjunto de lâminas metálicas que correm de cima para baixo, impressionando o filme no sentido vertical. Estes obturadores são mais rápidos e permitem uma velocidade de flash maior.

A velocidade nada mais é do que o tempo em que o obturador fica aberto. Ela é medida em frações de segundo e obedece a uma sequência determinada, comum a todas as câmeras fotográficas. No controle de velocidade da câmera você irá encontrar, de maneira geral, os seguintes valores:
1/ 2/ 4/ 8/ 15/30/60/125/250/500/1000/2000/4000
Estes números indicam a fração de segundo em que o obturador fica aberto.Por exemplo: a velocidade 125 indica que o tempo de exposição será de 1/125 do segundo. A velocidade 2 indica que o tempo de exposição será de meio segundo, e assim por diante.Existe uma relação fixa entre os valores acima. A velocidade de 1/250 equivale à metade do tempo de exposição da velocidade 1/125, e o dobro do tempo da velocidade 1/500.A velocidade deve ser regulada de acordo com a disponibilidade de luz no ambiente e com o tipo de assunto que se está fotografando. A regulagem da quantidade de luz está associada à abertura do diafragma da lente e à sensibilidade do filme, e será discutida mais tarde. Quando se está trabalhando com a câmera na mão, deve-se escolher uma velocidade suficientemente rápida para que a imagem produzida não fique tremida. Para começar, ajuste a velocidade em 125, que é o suficiente para conseguir fotos com definição e nitidez.
Velocidades altas ou rápidas (1/250s a 1/8000s) Usamos velocidades altas para fotografar objetos ou pessoas em movimento, como por exemplo pessoas correndo, jogos de futebol ou outros esportes rápidos, carros em movimento, etc.Nestes casos a imagem é congelada na pequena fração de segundo em que o obturador está aberto.
Velocidades lentas ou baixas (1s a 1/60s) Usamos velocidade baixas quando necessitamos fazer uma exposição mais longa, em função de pouca luminosidade, por exemplo.Com velocidades baixas o obturador fica aberto por um espaço de tempo longo, o que permite captar os movimentos realizados pelo objeto fotografado, criando imagens fora do convencional.Para evitar fotos tremidas, a câmera deve ser fixada em um tripé.

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segunda-feira, julho 17, 2006

ViajanteS

Que saudade de vocês!!!

Raice - Paris

Camila - Milão

Chiyoko - Maryland

Vai ser difícil reunir essa galera de novo,

mas vai rolar!

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sexta-feira, julho 14, 2006

Mais de 7 horas remando,
o cabra quase morreu de tanto remar
mas olha a cara de felicidade dele!
Valeu Cambito!
Essa aventura não esqueço nunca!
Itapirapuã/GO - 8/2005

Toda sexta-feira
Adriana Calcanhoto

Toda sexta-feira toda roupa é branca
Toda pele é preta
Todo mundo canta
Todo céu magenta
Toda sexta-feira todo canto é santo
E toda conta
Toda gota
Toda onda
Toda moça
Toda renda
Toda sexta-feiraTodo o mundo é baiano junto

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Muitas Felicidades!
Kate and Chiyoko
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram mas na intensidade com que elas acontecem, por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexpicáveis e pessoas incomparáveis"

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