quinta-feira, abril 24, 2008

Irmãs brasilienses rodam o mundo em 6 meses

Essas sao as duas irmas que encontrei na Asia. O nosso primeiro encontro foi na India, em McLeod Ganj, por acaso. O nosso segundo encontro foi em Pushkar, na India tambem, por acaso. Nosso terceiro encontro foi em Bangkok, na Tailandia, por acaso. Dai resolvemos nos encontrar em Koh Lanta, na Tailandia, para conversar mais.

Foi muito interessante encontra-las e desfrutar de momentos importantes em minha viagem.


ENTREVISTA

As irmãs Flávia Camargo de Araújo, agrônoma, e Renata Camargo de Araújo, jornalista, viajaram por sete meses e sete dias (220 dias) pelos cinco continentes, visitando, ao todo, dezessete países. As nações visitadas foram Estados Unidos, Canadá, Turquia, Espanha, França, Inglaterra, África do Sul, Namíbia, Moçambique, Índia, China, Japão, Tailândia, Austrália, Nova Zelândia, Chile e Argentina. A viagem foi pensada três anos antes da partida em julho de 2006, tempo necessário para juntar recursos próprios e planejar a viagem.


Qual foi o sonho que as levou a empreender essa viagem?

O sonho de conhecer outras culturas, outros modos de vida, de buscar alternativas para as nossas vidas e abrir nossos horizontes. Nos motivou o fato de podermos ter a nossa própria experiência em outros mundos e não apenas conhecê-los por meio dos livros e de relatos de pessoas que foram para o exterior. De modo geral, pensamos na viagem, inicialmente, como um caminho para perder nossos preconceitos e desmitificar idéias preconcebidas.A viagem preencheu suas expectativas?Sim, ela foi além. Não só preencheu nossas expectativas de conhecer outras culturas, como também nos surpreendeu à medida que nos trouxe o auto-conhecimento e nos permitiu conhecer melhor a cultura brasileira a partir de uma visão de fora. Mas, o mais importante é que viajamos de coração aberto, com aquela ansiedade saudável de quem quer conhecer o novo sem moldar previamente uma teia de acontecimentos. Fomos dispostas a receber e a ouvir o que o mundo tinha para nos falar.


Qual lição principal que tiraram?

É difícil falar em uma lição principal. São muitas as lições e descobertas que se tem em uma experiência como essa. Mas para nós uma das grandes lições é que devemos viver a vida mais intensamente. Não no sentido de fazer muito, de ter diversas experiências em quantidade. E sim viver intensamente no quesito de se entregar a uma experiência, a uma busca muitas vezes subjetiva. É importante saber ouvir o que o coração tem a dizer, para encontrar o sentido de nossa “passagem” pela Terra.Perder preconceitos também é outra grande lição. Embora viajar seja uma boa oportunidade para superar nossos preconceitos, o simples “viajar” não é suficiente. O mais importante é estar aberto ao que vai conhecer e fazer um exercício constante de não tomar conclusões fechadas sobre a realidade que se apresenta. As coisas são muito mais complexas do que um simples olhar pode captar. Mesmo com a padronização de muitas atividades e modos de vida, o mundo a nossa volta ainda é muito diverso. Aprender a observar essa diversidade com sabedoria, sem preconceito, é uma dádiva e uma busca interior profunda.Outra coisa que aprendemos é que as dificuldades imaginárias são muito maiores do que as reais. Antes de iniciar a viagem, pensávamos que ela seria bem mais complexa e teríamos vários problemas para enfrentar. No decorrer do processo, vimos que, em geral, tudo era bem mais simples. Além de os problemas não serem tão complexos como pensávamos, pudemos contar com outro fator que também nos serviu de lição: a solidariedade humana. Foram inúmeros os momentos que ficamos diante de pessoas desconhecidas que nos prestaram valiosa ajuda. E tudo isso, vamos levar como aprendizado para uma vida inteira.

Quais as experiências que mais as marcaram?

Com certeza, as experiências mais marcantes foram nos países da África e da Ásia. Nos cativou na África, o amor e o respeito que muitos dos africanos têm pela mãe Terra e sua natureza. É uma relação meio mítica, se olharmos com nosso olhar “ocidental”, mas uma relação de admirável amor para com o próximo, seja ele um ser humano, seja ele uma árvore ou o vento... A força e a influência que os fenômenos e seres da natureza exercem na vida de muitos dos africanos é algo muito significativo. E, sem dúvida, tem muito a nos ensinar.Ficamos também admiradas com a espiritualidade que ainda se mantém na Ásia. É certo que muito se tem deixado de lado com a adoção de valores como o consumismo. Ainda assim, sente-se a espiritualidade indiana, chinesa, tailandesa e japonesa nas pequenas coisas e em simples gestos como começar um ano novo com oração, ao invés de simplesmente comemorá-lo com champagne. O respeito pelo conhecimento milenar, a valorização da sabedoria dos mais velhos, a importância da família e a força da religião ainda exercem significante influência no dia-a-dia de muitos orientais. Tanto o amor pela natureza na África, quanto a espiritualidade na Ásia, nos chamaram a atenção por serem valores que, individualmente buscamos, mas que hoje são menos valorizados em nossa sociedade.Alguma experiência jocosa?As situações mais engraçadas foram com a questão língua. No início da viagem, ainda não dominávamos muito bem o inglês. A comunicação acontecia muito por gestos. Apontávamos com o dedo o que se queríamos comprar, onde queríamos ir e por aí vai. Um dia precisamos fazer uma ligação e para isso tivemos que falar com a telefonista. Foi cômico! A gente não entendia o que ela falava, então fazíamos a mesma pergunta várias vezes. Não demorou muito e ela perdeu a paciência conosco, desligando o telefone na nossa cara.Outro episódio foi em Moçambique. Naquele país africano, também ex-colônia de Portugal, a língua oficial é o Português. Pensamos: “Enfim em casa...”. Estávamos aliviadas por chegar a um país em que a comunicação seria mais tranquila. De fato foi, mas ainda assim aconteceram falhas de comunicação que renderam boas risadas. Uma delas foi a tentativa de pedir a famosa “meia pizza”, que aqui no Brasil significa metade de um sabor, metade de outro sabor. Não conseguimos! No primeiro restaurante, disseram que só serviam pizza inteira e não tinha como partir a pizza no meio para servir dois sabores. Em outro estabelecimento, disseram que poderiam servir “meia pizza”, mas que teríamos que pagar o presunto extra, pois fazendo somente meia pizza de presunto e a outra metade de mussarela, ia desperdiçar presunto. Vai entender... Desistimos da meia pizza.Outra experiência foi na China. Nessa época, já dominávamos melhor o inglês, mas lá pouca gente fala essa língua. Em uma das andanças fomos parar numa vila rural no oeste da China, chamada Danjiacun. Lá, absolutamente ninguém falava inglês, apenas mandarim e outros dialetos chineses. Passamos três dias nos comunicando por mímica e com o guia Lonely Planet China, que tem um glossário com traduções do inglês para o mandarim. As traduções eram bem gerais, com expressões como “quanto custa?”, “onde tem um hotel?”, “onde tem um restaurante?”. Ou seja, passamos vários apertos na hora de nos comunicar. Em uma dessas teve o episódio do banho. Na hospedaria, não havia local para tomar banho. Tendo que perguntar para a dona do local “onde tomar banho?”, o nosso livro não nos ajudou muito, então tivemos que partir para a mímica. Na mesma hora, a senhora respondeu em chinês com uma palavra que lembrava o som de “shower”, que significa banho em inglês. Ficamos felizes, achando que a comunicação tinha sido eficiente. Ledo engano. A senhora continuou repetindo a palavra em chinês e nós insistindo para ela nos levar ao local. A tal casa de banho ficava do outro lado da pequena vila. No caminho, a cada grupo de chineses que ela encontrava, ela contava a história, mostrando as mímicas que fizemos. Segundos depois, todos caíam na gargalhada. Quando chegamos no local de banho, ela repetiu a palavra e só então percebemos o que queria dizer. A palavra que a senhora pronunciava estava longe de ser o termo inglês “shower”. Na verdade, queria dizer “à tarde”em mandariam. O que a senhora tentou, por várias vezes, nos avisar era que não adiantaria irmos ao local naquela hora, pois o estabelecimento estava fechado. Conclusão: pagamos o mico pela falha de comunicação e pela insistência, pois se não tivéssemos insistido tanto, a senhora não atravessaria a vila para nos mostrar uma porta fechada.

Fonte: http://www.ccbnet.org.br/

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domingo, abril 06, 2008

Bolaven Plato
Laos
Viagem de moto que fiz pelos arredores do Plato Bolaven com um grupo de amigos.
































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Muang Noi
Laos
Vista do bangalo

Mapa da caminhada de alguns dias que eu e um grupo de amigos fizemos pelos arredores de Muang Noi.

Caverna



Vila Nan Tup, a ultima vila que visitamos. Momentos inesqueciveis, experiencia unica.

Passamos a noite na casa de uma familia, que nos recebeu muito bem. Podemos ver o dia a dia da vida desse povo humilde e feliz que mora alto de um morro.

Caroline, Oliver e Philip


Jantar











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