sexta-feira, maio 05, 2006

Navegação terrestre
Talvez a habilidade mais importante para os praticantes de atividades ao ar livre seja a de encontrar o seu próprio caminho, atravessando montanhas, vales e chapadas, para finalmente chegar ao objetivo que escolheu, que pode ser uma cachoeira, um vale, uma montanha, um vilarejo etc. Essa habilidade é também fundamental para poder voltar ao ponto de partida em segurança ou procurar socorro, caso ocorra algum imprevisto durante a atividade.
O termo orientação vem de “buscar o oriente”, o leste, a direção onde nasce o sol. Durante séculos o sol nascente foi a principal ou mesmo a única referência de direção utilizada por todos os povos antigos.
Já o termo navegação teve origem náutica e denominava a “arte” de conduzir com segurança uma embarcação entre dois portos.

Podemos dividir a navegação em 4 passos básicos:
1. Escolher um ponto de partida e um ponto de destino;
2. Planejar, com o auxílio de um mapa, uma “rota” entre os pontos escolhidos;
3. Determinar, em campo, a exata posição do ponto de partida;
4. Percorrer a rota escolhida, efetuando as correções necessárias ao longo do trajeto.

Mapas
Um mapa é uma representação plana do terreno, destinada a transmitir informação acerca da posição relativa entre cidades, estradas, acidentes geográficos etc.
Para poder ser utilizado em navegação, o mapa precisa ter:
1. Uma escala definida;
2. Um sistema de coordenadas;
3. Um conjunto de convenções gráficas;
4. Uma representação plana do relevo.

Bússola
A bússola é um instrumento utilizado há centenas de anos em navegação. Seu principal componente é uma agulha imantada que aponta sempre para a mesma direção (o norte magnético), alinhada com o campo magnético da terra.
A “bússola de orientação” é um tipo de bússola desenvolvido especificamente para a utilização em conjunto com um mapa topográfico e é o modelo mais empregado em esportes ao ar livre.
Além da agulha imantada, esse tipo de bússola possui uma régua de acrílico transparente e uma cápsula giratória com a indicação dos pontos cardeais (“rosa dos ventos”), utilizados para transferir as informações de azimute da bússola para o mapa e vice e versa.
Declinação Magnética
Um detalhe fundamental a ser lembrado quando utilizamos a bússola em conjunto com o mapa topográfico é a existência de dois nortes: O Norte magnético (norte da Bússola) e o Norte verdadeiro (norte do mapa). Essa diferença ocorre porque o fenômeno natural que causa o magnetismo terrestre não está alinhado com o eixo de rotação da terra (que define o norte e o sul verdadeiros). Esse fenômeno também não é estável temporalmente, de forma que a posição do norte magnético varia lentamente ao longo dos anos.
A diferença angular entre os dois nortes tem o nome de declinação magnética e pode ser calculada a partir de informações contidas na legenda dos mapas topográficos.

Azimutes
Um dos usos mais importantes da bússola é a tomada de azimutes, ou seja, a determinação do ângulo entre a direção de visada a um alvo e o norte. O azimute de um alvo é obtido apontando-se a régua da bússola na direção do alvo (existe uma seta na régua para este propósito) e girando a rosa dos ventos da bússola até que o norte da rosa dos ventos esteja alinhada com a agulha imantada.

O valor que aparecerá indicado na rosa dos ventos é o azimute (magnético) do alvo. Para a obtenção do azimute verdadeiro, é preciso compensar a declinação magnética, somando a declinação magnética do valor indicado.
P. Ex: a visada de um alvo indicou um azimute magnético de 125º.
Para obter o azimute verdadeiro, somamos o valor obtido à declinação magnética (-19º do exemplo anterior)
Az. verdadeiro = 125º + (-19º) = 106º
Partindo do princípio que no Brasil todas as declinações são à oeste, podemos simplificar o cálculo para converter os azimutes magnéticos em geográficos e vice e versa. Vamos suprimir o sinal declinação, e considerar que para converter o azimute magnético em verdadeiro (geográfico) precisamos subtrair a declinação (em valor absoluto).

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2 Comentários:

Às 8/5/06 8:28 AM , Anonymous Anônimo disse...

Recipiente animado também é informação! hehehe Chapada tava doida... bora trocar uma idéia depois!
Abraço

 
Às 29/6/16 7:52 AM , Blogger Unknown disse...

Excelente e precisa explicação.
Muito bom.

 

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